terça-feira, 14 de março de 2017

ESSÊNCIA VS TÍTULO: SER OU FAZER?


Pelo menos hoje, tira 5 minutos, lê o que escrevi e responde para ti mesmo de forma genuína à questão que te vou colocar!

QUEM ÉS TU?

Com esta pergunta, não pretendo que me digas se és filho, pai, amigo, se és dr. seja lá do que for, se és cantor, se és rico ou pobre, se tens casa, carro, enfim... não quero saber o que tens ou que fazes. Quero apenas que me digas quem és!
Imagina que estás a conhecer alguém e a pessoa quer saber um bocadinho sobre ti! Sabendo que nenhuma das respostas anteriores é válida para esta pessoa, o que lhe responderias?

Responder a esta questão pode ser mais difícil do que estavas a imaginar, até porque o ser humano está em constante mudança. Cada vivência, cada aprendizagem transforma-te e, por essa razão, poderás te questionar ao longo da vida. E ao saberes quem és tornas-te, sem qualquer dúvida, um ser mais consciente.

SER É DIFERENTE DE FAZER!

Na maioria das vezes, quando pedimos a alguém para se apresentar, há uma tendência enorme para a pessoa dizer o que faz profissionalmente. Claro que se a profissão desempenhada for uma paixão, isso já pode dizer alguma coisa sobre a pessoa. 
Por exemplo: se uma pessoa decide ser médica, por paixão, pressupõe-se que é uma pessoa que gosta de ajudar os outros. Se é escritor, pressupõe-se que gosta de expressar o que sente, que gosta de comunicar, etc.
No entanto, nem todos desempenham os papéis que desejam, logo, não podemos pressupor que conhecemos alguém através do que ela faz.

Nos dias que correm, noto que o título exerce uma influência muito grande sobre as pessoas. 
Já vi bilhetes de identidade e cartões de multibanco assinados "Dr./Dra. xxxxx". Há inclusive pessoas que se apresentam como senhores(as) doutores(as). Há coisas que ainda estão para além da minha compreensão!

Provavelmente, as pessoas que se auto-intitulam de doutores não têm muito mais para dar aos outros. É possível que elas não gostem suficientemente delas próprias sem o título. E neste casos, o título é uma espécie de capa de super-herói. Sentem-se mais poderosas, entendem?

Por outro lado, tem aqueles que bajulam os senhores doutores. Tratam o doutor com respeito e o "sem título" como um zé ninguém. Este tipo de pessoas difere-se muito pouco daqueles que se sentem superiores. Apesar de um certo complexo de inferioridade, almejam chegar ao lugar do doutor. E enquanto não chegam, deitam-se para servir de tapete! 

Venha o diabo e escolha! A verdade é que tanto um como outro mexe comigo. (Parece que tenho um longo trabalho interior para resolver este lado em mim!)

SOMOS TODOS IGUAIS E TODOS DIFERENTES!

Em ambiente mais familiar, costumo dizer que "na WC somos todos iguais!". Lá todos perdem a classe, todos perdem o título, todos perdem a pose! 
Aceita esta realidade. O teu maior ídolo, a pessoa mais rica do mundo, a pessoa com mais etiqueta, os cheios de riquiquis, enfim, todos nós temos as mesmas necessidades, e não me refiro às da WC :). Todos têm necessidades básicas, sociais, afetivas, de estima, etc. 
No amor, não há estatutos (ou não deveria haver, não é?)! A doença não escolhe caras! A morte bate à porta de todos! Então porque queremos ser mais ou nos achamos menos que os outros?

Então em quê que somos todos diferentes? SIMPLES! Na nossa ESSÊNCIA.
Não há ninguém igual a ti! Num mundo com mais de 7 biliões de habitantes, não há ninguém com um ADN igual ao teu, que pense 100% igual a ti, que tenha os mesmos sonhos, valores, com as mesmas experiências. TU ÉS ÚNICO! Todos somos únicos! Isto não é fantástico?

É por esta razão que tu és a pessoa em quem deves investir ao longo da tua vida. Conhece-te, explora-te, descobre-te. SÊ TU! Mesmo que aos olhos dos outros pareças um lunático, mesmo que achem que viajas na maionese, mesmo que te acusem de ser algo que eles é que são na realidade... 

Olha-te como os teus próprios olhos!

Com muito amor,

Joana Mendes