domingo, 27 de março de 2016

EVOLUÍMOS NA PARTILHA


ACREDITO QUE...

Estamos perante uma sociedade "fugitiva". Fugimos do difícil, fugimos dos desafios, não enfrentamos os medos... Na verdade, fugimos de tudo o que se transforma em dúvida e, neste caso, sair de cena é sempre a opção mais fácil.

O medo é o nosso maior entrave. O medo da dor, o medo da perda, o medo da rejeição, o medo de errar, o medo de querer mais, o medo de gostar mais do que esperava... O MEDO!
No entanto, a vida não pára e você não poderá fugir para sempre das pessoas (a não ser que se isole dentro de casa!).

Acredito ainda que as pessoas que atraímos para a nossa vida são aquelas que necessitamos para o nosso crescimento interior. Muitas vezes, a forma como nos relacionamos com determinadas pessoas não é fácil, mas, ainda assim, é na dificuldade que questionamos e é (não só, mas também) no relacionamento com os outros que evoluímos.

IMAGINE...

Imagine a sua vida sem ninguém em seu redor. Faria tudo o que quisesse, no tempo e da forma que preferisse, sem ter que ceder, nem negociar. 
Mas como você não está só e não existe ninguém exatamente igual a si, em algum momento da sua vida terá que negociar com alguém.
No meu parecer, esta não é uma situação má, nem me parece que a outra pessoa seja um "atrapalho" no seu dia-a-dia. Desde que você não se esqueça de si próprio, você apenas estará a partilhar o seu tempo, as suas coisas e/ou a sua vida com outra pessoa.

"1º EU, 2º EU, 3º EU... DEPOIS OS OUTROS!"

Quem nunca ouviu esta expressão maravilhosa?
É a frase perfeita para sermos egocêntricos e evitar o crescimento em partilha.
Na minha opinião, quando alguém nos diz que devemos gostar primeiro de nós próprios, isso significa que: só podemos dar ao outro o que damos a nós próprios; que devemos responsabilizarmo-nos pela nossa felicidade; que devemos ser os protagonistas da nossa própria história. Ao fim e ao cabo, quer tudo dizer o mesmo!
Quando você se relaciona (bem) consigo próprio, a relação com o outro torna-se mais saudável e a partilha é a "cereja no topo do bolo".
Sozinhos nem sempre saímos da nossa zona de conforto. Em partilha, existe um leque variado de "zonas desconfortáveis" para explorarmos e, consequentemente, conhecermos novos limites.
Para uns é fácil, para outros é difícil, contudo é uma questão de aceitação e respeito (por si e pelo outro).

PERMITA-SE

- Permita-se amar e ser amado
- Permita-se partilhar o seu dia-a-dia
- Permita-se conhecer, descobrir, enfrentar desafios
- Permita-se conhecer o seu melhor e o pior na relação com os outros
- Permita-se viver, experienciar

Haverá com certeza momentos desafiantes; momentos em que sentirá vontade de se refugiar. Ainda assim, poderá ser muito feliz no "dar" mais de si e "receber" mais do outro. 
Para que tal aconteça, terá de estar disponível para PARTILHAR.

Com amor, pois de outra forma não faria sentido,

Joana Mendes