quarta-feira, 19 de agosto de 2015

O QUE EU SOU E COMO OS OUTROS ME VÊEM


Aquilo que nós somos não corresponde de todo à forma como os outros nos vêem. Somo muitos mais do que aquilo que os olhos alheios poderão um dia alcançar!

Como já deve ter percebido, nos diferentes grupos onde se encontra inserido, você possui diferentes formas de se comportar. Isto não significa que não seja verdadeiro. No entanto, uma vez que as pessoas possuem energias distintas, o mais certo é que a sua energia também se altere conforme a pessoa que está diante de si.
Para além da energia, o contexto também poderá influenciar a sua conduta. Por exemplo, em casa é provável que você não aja, nem se relacione com os seus familiares da mesma forma como age e se relaciona com os colegas de trabalho ou mesmo com o grupo de amigos. À partida, em casa você encontra-se mais relaxado, expressa mais os seus sentimentos, inclusive os de desagrado, sendo que na maioria das vezes fá-lo de uma forma muito genuína. No local de trabalho, para que haja um ambiente harmonioso, você já tem mais "papas na língua", ou seja, pensa na forma como diz as coisas (a não ser que tenha "costas largas") e procura o equilíbrio no seio do grupo. Já no seu grupo de amigos, reina a descontração, fala abertamente sobre as suas conquistas, preocupações etc etc. 

Parece-me muito difícil alguém nos conhecer na totalidade.
Se por um lado uns conhecem principalmente o nosso lado mais "zen", por outro, há quem conheça também e sobretudo o nosso lado mais impulsivo e mal-humorado.
Acredito que a forma como nos relacionamos depende muito da nossa confiança para com o outro ou do nosso receio (ou falta dele) em afastar a(s) pessoa(s) da nossa vida.

Não tenho muito orgulho no que vou dizer, mas a pessoa com quem entro em conflito com mais frequência, é uma das pessoas que mais amo na vida: a minha mãe. E isto acontece porque, para além de ter muita confiança com ela, na minha cabeça acredito que jamais a irei perder. Não é um pensamento muito correto, mas é uma lição que ainda estou a aprender!
Já com o meu namorado e companheiro, meço muito bem o que digo e como digo, até porque tenho plena consciência de que não sou a última bolacha do pacote :D ! Ainda assim, confesso que a nossa relação flui naturalmente (apesar de nem sempre ter sido assim...).

ALGO MUDOU


A mudança interior é um processo intemporal e inacabável... Existe sempre um trabalho a ser feito!
Ainda assim, ao longo da vida, você vai fazendo pequenas mudanças, pequenas conquistas. Mas não se iluda... dificilmente o outro irá ver a mudança em si, pois a primeira imagem que passamos, é a que fica. Se você for muito "chato" (adjetivo muito ouvido no passado), será um desafio fazer com que o outro acredite que agora é uma pessoa diferente.
Neste caso, seja forte e goste de si verdadeiramente para não cair na tentação de tentar provar algo seja a quem for. A procura pelo reconhecimento é tramada porque, para além de correr o risco de nunca reconhecerem a sua mudança, você poderá contribuir para a estagnação do seu processo de evolução espiritual.
As pessoas são importantes na nossa vida para crescermos interiormente e não para atrasarem a nossa evolução!

Não é a tarefa mais fácil do mundo, mas é urgente desligar-mo-nos dos outros no que diz respeito ao pensamento que estes têm sobre nós (eu também tenho de ler isto todos os dias!).
O que dizem ou pensam sobre si não resolve os seus problemas, não paga as suas contas e muito menos o torna uma pessoa feliz, nem mesmo quando o que dizem é positivo.
O que o faz feliz é o que você pensa sobre si próprio, é a forma como você se vê, é o aceitar-se tal como é. E aceite que você é um ser dual; que há dias bons e menos bons; que há dias em que se sente lindo(a) e outros nem por isso; que às vezes se sente em paz e outras vezes "pega com as pedras"; e, mesmo assim, poderá ser uma pessoa feliz.
Não tente ser perfeito para experienciar a felicidade... pode ser vencido pelo cansaço!

Oiça-se mais, relacione-se mais consigo e deixe para trás o que os outros dizem ou pensam a seu respeito. Não se culpe se por momentos sentir que ficou abalado com algum comentário sobre si. Estamos aqui para aprender mesmo!
Mas lembre-se que não tem de fazer esta viagem ao lado de pessoas que o puxam para trás. Escolha com quem quer partilhar a sua vida e desapegue-se daqueles que não acreditam em si. 

SEJA MAIS VOCÊ, NO SEU TODO!

Joana Mendes

quinta-feira, 13 de agosto de 2015

AMOR OU CARÊNCIA? EIS A QUESTÃO...



Poderia simplesmente não escrever mais neste artigo, pois a frase anterior é muito explícita.
Posso parecer um pouco cruel a falar sobre pessoas carentes, apesar de em tempos também ter sido (e muito!), mas as atitudes deste tipo de pessoas podem ser igualmente cruéis, com o próprio e/ou com os outros.

Ninguém tem o direito de aprisionar uma pessoa que não ama, somente para satisfazer as necessidades do ego!
Mas, infelizmente, como o amor-próprio, a felicidade, o respeito (sobretudo pelo próprio), entre outras palavras "lamechas", não constam como conteúdo programático nas escolas, o ser humano, inconscientemente, acaba usando as pessoas mais próximas e frágeis em seu benefício ou, por outro lado, é usado como se de um fantoche se tratasse.

MENTE VS CORAÇÃO

É muito fácil se deixar manipular pela mente, porque como não somos ensinados a gostar da ouvir as verdades (ditas pelo coração), preferimos acreditar nas mentiras, por sinal persuasivas, ditas pela mente.

- "Arrisca nessa pessoa que gosta tanto de ti. Um dia poderás vir a gostar muito dela!" - diz a MENTE.
- "Tu sabes bem que não queres estar com essa pessoa. Irás magoar e sair magoada(o) dessa situação!" - diz o CORAÇÃO.

Mas entre estar só e triste (porque a sua própria companhia é insuportável), mas acompanhado, a pessoa escolhe a "bengala".
Conclusão, um carente egoísta + um carente iludido = DOR / DESILUSÃO ou se preferirem, uma choradeira desnecessária.

INTERPRETAR OS SINAIS

Está certo que nem todas as pessoas são iguais, mas quem ama verdadeiramente (e não me refiro aos obcecados que fazem cenas de ciúmes constantes como prova de amor!), dá o melhor de si e, consequentemente, se for correspondido, receberá o melhor do outro também.
Certamente que você poderá estar a pensar naquele seu amigo ou amiga que "ama" o(a) companheiro(a) e não demonstra. Então, para a desculpar, você afirma que é o medo! ... Neste caso, não manifesto a minha opinião, pois acredito que poderá ser demasiado rígida e, no fim de contas, não passa de um simples ponto de vista!

Mas estou convicta de que quando amamos alguém, o afeto sai naturalmente, o respeito é espontâneo, a confiança é inquestionável... a amor verdadeiro é visível aos olhos do mundo.
Quando você não ama e está com alguém, você encontra-se carente ou, na pior das hipóteses, com pena da pessoa, o que pressupõe que você acha que a mesma não irá encontra alguém melhor (CRENÇA PRESUNÇOSA).

Observe bem a pessoa que está ao seu lado. SINTA cada toque, cada palavra, cada gesto, cada expressão... SINTA! Sinta se de facto existe amor no que lhe é transmitido. Se não for bem transmitido, exponha a situação à pessoa em causa e veja a sua reação. A comunicação pode ser o elemento chave para o esclarecimento da sua dúvida.

DESCULPAS E MAIS DESCULPAS!

Uma sugestão... Cuidado com as frases "Vamos começar devagarinho!", "Não vou dar tudo já para não nos magoarmos", "É melhor não contar nada a ninguém ainda!". A FELICIDADE GERADA PELO AMOR NÃO DÁ ESPAÇO AO RECATO. 
Cá para mim, essas frases têm um significado muito óbvio, ou seja, "Não gosto assim tanto de ti ainda e não te quero causar uma desilusão muito grande se me afastar de ti"... E claro, se correr mal, a pessoa até avisou!

NÍVEL DE CARÊNCIA

O pior carente é aquele que reconhece a carência no outro, consola-o e, no final, envolve-se com o mesmo, acreditando que existe amor!
Será que a carência de um anula a carência do outro? Bem, neste caso, parece que o problema "carência" está resolvido... Ou talvez não!

Não quero dizer que é perigoso, porque parece um pouco dramático, mas diria sim que é muito arriscado iniciar um relacionamento com origem na carência. O medo de estar só consigo próprio ou a necessidade de alimentar o ego, fazem-nos tomar decisões que com certeza terão consequências desagradáveis no futuro. 

Contudo, há quem viva toda uma vida de amargura, de desconfiança, de desamor, etc., por opção. A decisão é sempre sua.
Já dizia o ditado popular: "O pior cego é aquele que não quer ver".

AME-SE MAIS

Joana Mendes