quinta-feira, 13 de agosto de 2015

AMOR OU CARÊNCIA? EIS A QUESTÃO...



Poderia simplesmente não escrever mais neste artigo, pois a frase anterior é muito explícita.
Posso parecer um pouco cruel a falar sobre pessoas carentes, apesar de em tempos também ter sido (e muito!), mas as atitudes deste tipo de pessoas podem ser igualmente cruéis, com o próprio e/ou com os outros.

Ninguém tem o direito de aprisionar uma pessoa que não ama, somente para satisfazer as necessidades do ego!
Mas, infelizmente, como o amor-próprio, a felicidade, o respeito (sobretudo pelo próprio), entre outras palavras "lamechas", não constam como conteúdo programático nas escolas, o ser humano, inconscientemente, acaba usando as pessoas mais próximas e frágeis em seu benefício ou, por outro lado, é usado como se de um fantoche se tratasse.

MENTE VS CORAÇÃO

É muito fácil se deixar manipular pela mente, porque como não somos ensinados a gostar da ouvir as verdades (ditas pelo coração), preferimos acreditar nas mentiras, por sinal persuasivas, ditas pela mente.

- "Arrisca nessa pessoa que gosta tanto de ti. Um dia poderás vir a gostar muito dela!" - diz a MENTE.
- "Tu sabes bem que não queres estar com essa pessoa. Irás magoar e sair magoada(o) dessa situação!" - diz o CORAÇÃO.

Mas entre estar só e triste (porque a sua própria companhia é insuportável), mas acompanhado, a pessoa escolhe a "bengala".
Conclusão, um carente egoísta + um carente iludido = DOR / DESILUSÃO ou se preferirem, uma choradeira desnecessária.

INTERPRETAR OS SINAIS

Está certo que nem todas as pessoas são iguais, mas quem ama verdadeiramente (e não me refiro aos obcecados que fazem cenas de ciúmes constantes como prova de amor!), dá o melhor de si e, consequentemente, se for correspondido, receberá o melhor do outro também.
Certamente que você poderá estar a pensar naquele seu amigo ou amiga que "ama" o(a) companheiro(a) e não demonstra. Então, para a desculpar, você afirma que é o medo! ... Neste caso, não manifesto a minha opinião, pois acredito que poderá ser demasiado rígida e, no fim de contas, não passa de um simples ponto de vista!

Mas estou convicta de que quando amamos alguém, o afeto sai naturalmente, o respeito é espontâneo, a confiança é inquestionável... a amor verdadeiro é visível aos olhos do mundo.
Quando você não ama e está com alguém, você encontra-se carente ou, na pior das hipóteses, com pena da pessoa, o que pressupõe que você acha que a mesma não irá encontra alguém melhor (CRENÇA PRESUNÇOSA).

Observe bem a pessoa que está ao seu lado. SINTA cada toque, cada palavra, cada gesto, cada expressão... SINTA! Sinta se de facto existe amor no que lhe é transmitido. Se não for bem transmitido, exponha a situação à pessoa em causa e veja a sua reação. A comunicação pode ser o elemento chave para o esclarecimento da sua dúvida.

DESCULPAS E MAIS DESCULPAS!

Uma sugestão... Cuidado com as frases "Vamos começar devagarinho!", "Não vou dar tudo já para não nos magoarmos", "É melhor não contar nada a ninguém ainda!". A FELICIDADE GERADA PELO AMOR NÃO DÁ ESPAÇO AO RECATO. 
Cá para mim, essas frases têm um significado muito óbvio, ou seja, "Não gosto assim tanto de ti ainda e não te quero causar uma desilusão muito grande se me afastar de ti"... E claro, se correr mal, a pessoa até avisou!

NÍVEL DE CARÊNCIA

O pior carente é aquele que reconhece a carência no outro, consola-o e, no final, envolve-se com o mesmo, acreditando que existe amor!
Será que a carência de um anula a carência do outro? Bem, neste caso, parece que o problema "carência" está resolvido... Ou talvez não!

Não quero dizer que é perigoso, porque parece um pouco dramático, mas diria sim que é muito arriscado iniciar um relacionamento com origem na carência. O medo de estar só consigo próprio ou a necessidade de alimentar o ego, fazem-nos tomar decisões que com certeza terão consequências desagradáveis no futuro. 

Contudo, há quem viva toda uma vida de amargura, de desconfiança, de desamor, etc., por opção. A decisão é sempre sua.
Já dizia o ditado popular: "O pior cego é aquele que não quer ver".

AME-SE MAIS

Joana Mendes